Hoje faz um mês que uma das Barragens de Brumadinho rompeu, deixando mais de 170 mortos e cerca de 130 desaparecidos (balanço foi divulgado no dia 21/02, pela Defesa Civil de Minas Gerais).
Além dos danos à população, também causou sérios problemas ambientais, por isso denominamos esse caso como “ecocídio” (morte do ecossistema em larga escala), visto que :
- destruiu mais de 125 hectares de floresta;
- ameaça a vida de cerca de 25 espécies de mamíferos e 259 espécies de aves;
- contaminou o Rio Paraopeba (matando seus animais e plantas aquáticas). Lembrando que muitos povos precisavam desse rio para sobreviver, como a Aldeia Indígena Naô Xohã;
- os resíduos possivelmente chegarão ao Rio São Francisco, tão importante para a natureza e para a sociedade.
Dentre as ações que continuam sendo realizadas referentes à esse ocorrido temos: bombeiros ainda em busca de desaparecidos, a Vale tentando se retratar, e felizmente, muita ajuda humanitária, como por exemplo, o pessoal do MECA e da SITAWI que criaram uma plataforma de apoio à Brumadinho, a PróBrumadinho (qualquer pessoa pode colaborar).
Tocando no assunto que tange a causa desse ecocídio, sabemos que foi fruto de irresponsabilidade, falta de fiscalização e descaso por parte da empresa responsável. Há 3 anos, devido a esses mesmos fatores a Barragem do Fundão (Mariana) se rompeu. Vale salientar, que a maioria das multas do crime ambiental de Mariana não foram pagas, e o que ocorreu em Brumadinho foi fruto dessa impunidade. Não podemos deixar que isso se repita, precisamos de justiça, para preservar o nosso meio ambiente e a nossa população de mais crimes– como esse.