O Brasil está entre os primeiros no ranking de países que mais consomem agrotóxicos no mundo. Além disso, de acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o Brasil aumentou o uso de agrotóxicos em lavoura em mais de 400% nos últimos 40 anos, e a tendência é aumentar mais ainda.
Estes dados são muito preocupantes à medida que os agrotóxicos têm consequências devastadoras tanto para o meio ambiente, como para a população que consome os alimentos com veneno.
Para o meio ambiente, os danos causados ao solo são terríveis, mas o problema vai bem além, com as chuvas os agrotóxicos escoam para os rios e infiltram nos lençóis freáticos, causando danos irreparáveis, matando grande parte da fauna e podem chegar a inutilizar águas que suprem o consumo humano. Como se não bastasse, ainda temos o descarte, muitas vezes incorreto, das embalagens de agrotóxicos.
Para a população, os danos à saúde são muitos e grande parte deles ainda é desconhecido. O Inca (Instituto Nacional do Câncer), afirma que o brasileiro consume em média 5,2 litros desses insumos por ano. Além disso, os danos causados a quem aplica os venenos nas lavouras são ainda maiores, principalmente porque na maioria das vezes não há o uso correto de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados.
Portanto é possível perceber que é muito importante combater o uso dos agrotóxicos do modo que vem sendo utilizado no nosso país, por isso foi criada uma data (11 de janeiro), cujo objetivo é informar a população quanto aos riscos de tais insumos e incentivar a agroecologia.