A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 06/04 um documento com orientações sobre o uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus.
A organização orienta que as máscaras cirúrgicas sejam reservadas para profissionais da área da saúde. Segundo a OMS, o uso irrestrito das máscaras profissionais pode “criar uma falsa sensação de segurança, com negligência de outras medidas essenciais”.
Todavia a adoção de máscaras simples, feitas com 3 camadas de tecido, acompanhado de os devidos cuidados de higiene como lavar as mãos e não levá-las ao rosto pode sim ajudar na não propagação do vírus. É isso que diz o estudo “Respiratory virus shedding in exhaled breath and efficacy of face masks” divulgado na respeitada revista científica Nature Medicine.
Em testes de laboratório, o uso de máscaras reduziu a transmissão de vírus que infectam pessoas pelo ar — uma forma de transmissão sobre a qual os pesquisadores ainda divergem em relação ao novo coronavírus. A aferição foi feita usando uma máquina de captura de respiração com um método criado por Don Milton, professor de saúde ambiental aplicada na Universidade de Maryland e autor sênior do estudo.
O estudo foi conduzido por pesquisadores de Hong Kong junto com Milton antes de o novo coronavírus se tornar uma pandemia, e ele não aborda a questão do uso de máscaras como forma de prevenção ao contágio. O que a pesquisa mostrou foi que as máscaras podem ajudar a limitar propagação do vírus por pessoas já infectadas por ele, considerando que muitos indivíduos com a covid-19 não apresentam sintomas e, mesmo assim, disseminam a doença.
“Em tempos normais, diríamos que, se não foi mostrado estatisticamente significativo ou eficaz em estudos do mundo real, não recomendamos [a prática de usar máscaras]”, disse Milton. “Mas, em meio a uma pandemia, estamos desesperados. O pensamento é que, mesmo que diminua um pouco a transmissão, vale a pena tentar.”
Vale lembrar que algumas cidades do interior já adotaram o uso obrigatório de máscaras em ambientes não residenciais. Em Rio Claro a obrigatoriedade foi adotada a algum tempo e prevê multa de R$ 55 a R$552 reais para comércios que permitirem a entrada de pessoas sem o devido equipamento de proteção.
Com a escassez de máscaras em farmácias, uma prática comumente adotada foi a confecção manual das mesmas. Ainda sim é importante lembrar que existem recomendações oficiais do ministério da saúde sobre como confeccionar e higienizar tais peças de proteção pessoal.
A EJEAmb, em parceria com trabalhadores liberais locais, lançou um projeto de incentivo ao uso de máscaras reutilizáveis caseiras. Estas seguem todo o protocolo de produção do ministério da saúde e estão sendo vendidas pelo custo de produção. Para saber mais sobre esse projeto basta entrar em contato por qualquer rede social da EJEAmb que teremos o prazer de ajudar todos os interessados.