EJEAmb – Consultoria Ambiental

Reciclagem dos resíduos sólidos urbanos

No Brasil, a taxa de reciclagem dos resíduos é considerada muito baixa. Segundo o último Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil (2018/2019) realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2018 produzimos cerca de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos e desse valor, apenas 2% foi reciclado. Diante desse cenário, é importante conhecer as principais formas de diminuir o volume dos resíduos sólidos urbanos, originados em sua maioria, pelas atividades domésticas.

Resíduos domésticos

Os resíduos domésticos são classificados em duas grandes categorias: materiais orgânicos e materiais inorgânicos. Na primeira classe é composta principalmente por sobras de alimentos, galhos, folhas, sementes e outros. Já na segunda classe, destaca-se os metais, plásticos, papéis e vidros.  

Reciclagem dos resíduos orgânicos 

Assim que pensamos em reciclagem, automaticamente associamos esse processo aos materiais inorgânicos. No entanto, uma prática sustentável de reaproveitamento dos resíduos orgânicos está ganhando cada vez mais espaço no meio urbano, a compostagem doméstica. Essa técnica baseia-se na decomposição de matéria orgânica transformando-a em húmus. Os benefícios da compostagem são muitos, entre os principais:

  • Redução da quantidade de resíduos enviados para os aterros sanitários; 
  • Diminuição da emissão do gás metano, liberado durante o processo de decomposição; 
  • Produção de húmus e biofertilizante altamente eficientes. Esses adubos orgânicos podem ser utilizados em hortas ou nas plantas da própria residência.  

Além disso, a manutenção da composteira é um procedimento simples que não demanda muito esforço. Portanto, para quem se interessar na técnica de compostagem, é possível montar a sua em casa ou comprar um modelo pronto na internet. 

Reciclagem dos resíduos orgânicos através da técnica de compostagem.

Encaminhando os resíduos inorgânicos para a reciclagem 

Abordando agora a classe dos resíduos inorgânicos, existem dois modos de encaminhá-los para a reciclagem, através da coleta seletiva ou combinando diretamente com algum catador. Assim, caso escolha a coleta seletiva, basta verificar com antecedência quais são os dias da semana em que esse serviço se encontra disponível para o seu bairro. 

Caminhão da coleta seletiva para a reciclagem dos resíduos inorgânicos.

No caso das cidades que não oferecem o serviço de coleta seletiva, infelizmente a grande maioria dos resíduos com potencial de reciclagem são encaminhados para os aterros sanitários, provocando um forte desperdício econômico. Apesar desse cenário, existem alternativas adequadas que possibilitam a reciclagem. Uma delas é combinar diretamente com os catadores dos bairros. Para facilitar a comunicação, existem aplicativos gratuitos que mapeiam os profissionais autônomos cadastrados responsáveis pela coleta dos mais diversos tipos de materiais, desde do plástico até os eletrônicos. O Cataki é o aplicativo mais popular dessa área e já recebeu vários prêmios pelo seu trabalho pioneiro e inovador.

Catadores são responsáveis pela maior parte da coleta de resíduos inorgânicos.

Materiais reciclados no Brasil

Abaixo foram listados os principais materiais reciclados de cada uma das quatro classes.

Metal:

  • Latinhas de bebidas;
  • Embalagens de alimentos: conservas, molho de tomate, creme de leite, leite condensado e outros;
  • Produtos fabricados de aço, alumínio, ferro e outros metais: arames e ferragens.

Papel:

  • Sulfite;
  • Cartolina;
  • Revistas;
  • Jornais;
  • Impressos em geral;
  • Caixas de papelão;
  • Embalagens longa vida.

Plástico:

  • Embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, limpeza e outros;
  • Embalagens Pet;
  • Potes e utensílios domésticos;
  • Copos descartáveis;
  • Sacos e sacolas plásticas;
  • Brinquedos;
  • Tubos e canos de PVC.

Vidro:

  • Garrafas de bebida;
  • Potes de alimentos;
  • Frascos de cosméticos;
  • Cacos de vidro: copos, jarras, garrafas, vasos e outros.

Materiais que não devem ser encaminhados para a reciclagem

Já em relação aos principais materiais não recicláveis, contamos principalmente com:

  • Fitas e etiquetas adesivas;
  • Clipes e grampos;
  • Esponjas e palhas de aço;
  • Papel vegetal;
  • Papéis sanitários já utilizados;
  • Fraldas e absorventes descartáveis;
  • Plásticos celofane;
  • Lâmpadas;
  • Espelhos.

Agora que foi exposto as principais ideias sobre compostagem, coleta seletiva, aplicativos para contatar os catadores e os principais materiais recicláveis e não recicláveis do país, compartilhe esse conhecimento com as pessoas do seu convívio social e juntos implementem essas boas práticas que contribuem para o desenvolvimento sustentável do nosso planeta.

Gostou do artigo e quer entender mais sobre reciclagem ou outros assuntos ambientais? Entre em contato com a nossa equipe para mais informações a respeito da educação ambiental.

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