Nas últimas semanas, um tema em particular recebeu bastante destaque nos principais jornais do mundo, o novo agente do coronavírus (Covid-19). De forma bem breve, o coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Até o momento existem cinco tipos conhecidos, sendo os mais comuns a infectarem humanos o alpha coronavírus 229E e NL63 e o beta coronavírus OC43 e HKU1.
O novo coronavírus foi descoberto na China em 31 de dezembro do ano passado. A partir desse momento, a comunidade científica passou a pesquisar sobre as formas de prevenção, transmissão e tratamento. No entanto, informações precipitadas e sem fundamento científico passaram a circular nas redes sociais, muitas delas eram fake news e geraram preocupação excessiva na população. Logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu as principais dúvidas e divulgaram uma série de informações sobre o assunto.
De acordo com o último levantamento divulgado pela OMS, a China concentra a grande maioria dos casos registrados, cerca de 99%. O restante das ocorrências está espalhado em vinte e quatro países, todos de turistas que viajaram a China recentemente e acabaram infectados pelo vírus. O número de casos registrados permanece aumentando, porém, a taxa de mortalidade é considerada muito baixa, em torno de 2%. Mesmo assim, existe um controle muito grande do governo chinês em tentar combater o vírus. No Brasil, tivemos poucos casos suspeitos e nenhum deles foram confirmados.
Nessa semana, um grupo de cientistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) desenvolveram um teste que detecta a presença do coronavírus a partir de um equipamento chamado Real-Time. A novidade é que agora o tempo de espera foi reduzido para apenas três horas. Antes o resultado ficava pronto em quarenta e oito horas. O procedimento é considerado simples e se resume em três etapas:
- Retirar secreções respiratórias de um paciente suspeito;
- Extrair o material genético da secreção;
- Adicionar nucleotídeos que identificam a presença ou não do coronavírus.
Há cinco anos, o mesmo grupo da UFBA foi o primeiro a reconhecer o zika vírus, também utilizando o equipamento. Isso demonstra que as universidades brasileiras apresentam bastante influência no meio científico, produzindo pesquisas de alta qualidade que retornam tecnologia e ciência para sociedade contribuindo no desenvolvimento do país.
As universidades devem estar estruturadas no tripé universitário, que engloba ensino, pesquisa e extensão. Resumindo:
- Ensino: atividades direcionadas para o aprendizado dos alunos. Pode ser em salas de aula, laboratórios, monitorias, cursos e outros.
- Pesquisa: conjunto de atividades voltadas para a descoberta de novos conhecimentos científicos. Pode ser Iniciação Científica (IC), Programa de Educação Tutorial (PET), Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), artigo, monografia, entre outros.
- Extensão: projetos que visam difundir o conhecimento científico adquirido pelos alunos com o intuito de aproximar a comunidade e a universidade. Alguns exemplos: empresas juniores, PET, hospitais universitários, etc.
É importante conhecer a relevância das universidades brasileiras, pois muitas vezes não conseguimos mensurar a quantidade de pesquisa que é desenvolvida e qual é o impacto refletido na sociedade. No ranking universitário QS para a América Latina de 2020, 400 universidades latino-americanas foram avaliadas. Nesse cenário, o Brasil possui colocação notável com o maior número de universidades nas dez primeiras posições.
1º | Pontifícia Universidade Católica do Chile | Chile |
2º | Universidade de São Paulo (USP) | Brasil |
3º | Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey | México |
4º | Universidade dos Andes | Colômbia |
5º | Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) | Brasil |
6° | Universidade Nacional Autônoma do México | México |
7º | Universidade do Chile | Chile |
8º | Universidade de Buenos Aires | Argentina |
9º | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) | Brasil |
10º | Universidade Nacional da Colômbia | Colômbia |
11º | Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) | Brasil |
O teste da UFBA que detecta a presença do coronavírus em apenas três horas é um exemplo recente de umas das muitas contribuições das universidades brasileiras no avanço tecnológico no mundo.
Nesse mesmo caminho, a EJEAmb é uma empresa júnior que faz parte da extensão universitária. Nosso principal objetivo é colocar em prática o aprendizado teórico que adquirimos durante a graduação. Dessa forma, conseguimos aproximar a população do ambiente universitário trazendo melhorias para a sociedade, através de serviços de alta qualidade e a um preço bem acessível.